As homenagens a Raul Rock Seixas pululam em todo o Brasil, inclusive no exterior, mais especificamente, no sul da Florida em 24 de agosto.
Neste sábado, às 19h30, Nelson Motta em seu programa naGlobo News, Nelsinho faz um especial sobre Raul Seixas e Paulo Coelho.
Veja outras homenagens ao Maluco Beleza abaixo. Para informações mais detalhadas, basta clicar nas imagens.
10 DE AGOSTO DE 2019 – TOCA RAUL! Putos BRothers Band, Pergunte ao Carimbador MalucKo e Araújo & Passos
13h00 – Praça da República – São Paulo Putos BRothers Band no Festival “O Início, O Fim e o Meio” com convidados especiais: Carlos Eládio, guitarrista d’Os Panteras, Sérgio Leite (Belém/PA) e Rosy Aragão (Raul Plural). Evento gratuito com início às 12h00.
18h30 – Museu da Imigração – Santa Bárbara d’Oeste/SP O Puto BRother Sylvio Passos responde perguntas sobre a vida e obra de Raul Seixas no seu “Pergunte ao Carimbador MalucKo”, programa apresentado no canal do Raul Rock Club/ Raul Seixas Oficial Fã-Clube no YouTube. Evento gratuito com início às 12h00.
20h00 – Museu da Imigração – Santa Bárbara d’Oeste/SP Os Putos BRothers Araujo & Passos apresentam show acústicKo com repertório 100% Raul Seixas recheado de músicas e histórias sobre Raulzito Rock Seixas. Evento gratuito com início às 12h00
O LIVRO DA LEI, de Aleister Crowley. Finalmente numa luxuosa edição bilíngue! Já em pré-venda.
“Faze o que tu queres, há de ser o todo da Lei”.
Esta frase, que é a base da Mágicka de Aleister Crowley, está n’O Livro da Lei. Escrito no Cairo, em abril de 1904, O Livro da Lei é a fonte e a chave para o pensamento do mais famoso mago do século XX. Sua influência se espalha por todo o ocultismo ocidental, do neopaganismo wicca à popularização de práticas espirituais como a yoga. Mas, além disso, espalha-se com muita força por toda a cultura popular ocidental. Crowley está na capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, mas também é citado por artistas das mais diversas áreas, dos mais diversos gêneros. De Led Zeppelin, David Bowie, Jay Z e Raul Seixas a Fernando Pessoa, William S. Burroughs, Alan Moore e Neil Gaiman. “A influência de Crowley na cultura moderna é tão disseminada quanto a de Freud ou Jung”, diz o jornal inglês The Guardian. Esta edição bilíngue traz os comentários do autor e a reprodução dos manuscritos originais. Inclui ainda a tradução feita por Fernando Pessoa do poema de Crowley “Hino a Pan”, acompanhado de um texto do escritor português David Soares, estudioso da relação do poeta com o mago inglês.
Título: O Livro da Lei – Liber Al Vel Legis Autor: Aleister Crowley Tradução: Marina Della Valle Editora: Veneta Edição: 1 Ano: 2017 Idioma: Português Especificações: Capa dura | 208 páginas ISBN: 978-85-9571-017-7 Peso: 400g Dimensões: 210mm x 140mm
Paulo Coelho, em entrevista a Luiz Carlos Maciel, em 1994, para um especial sobre Raul Seixas no programaRockStoria, da MTV, afirma que ele e Raul nunca foram amigos. O material bruto da entrevista realizada no apartamento de Kika Seixas, no Rio, foi disponibilizado noYouTube. Confira abaixo. Em 2012, Vivi Seixas, caçula de Raulzito, declarou à Folha de São Paulo: “Paulo Coelho nunca foi amigo do meu pai!” e causou polêmica na época. Confira a íntegra na Folha clicando na imagem abaixo.
Amanhã, acontece em São José dos Campos/SP, o evento Mostra Raul Seixas, uma noite que vai além do “Toca Raul!” com Sylvio Passos e Lon Amorim. IMPERDÍVEL!
Mostra Raul com Sylvio Passos e Lon Amorim Sexta-feira, 10 de novembro de 2017 – 21h00
Uma noite que vai além do “Toca Raul!”
Sylvio Passos & Lon Amorim prestam uma homenagem diferenciada a Raul Seixas.
A proposta do evento e apresentar de forma dinâmica a trajetória de Raul Seixas com videos, áudios, bate-papo com Sylvio Passos e música ao vivo com Lon Amorim.
Sylvio Passos, detentor do maior acervo de objetos pessoais de Raul Seixas, fundador do Raul Rock Club/Raul Seixas Oficial Fa-Clube (1981), além de esclarecer dúvidas sobre a vida e obra do Maluco Beleza, apresenta algum item que pertenceu a Raul Seixas, durante seu bate papo com o público presente.
A disposição do evento se divide na seguinte forma:
1) Abertura com vídeos apresentando entrevistas, clipes e shows de Raul Seixas. 2) Arquivos de áudios com gravações raras de Raul Seixas. 3) Show com Lon Amorim com repertório constando apenas músicas de Raul Seixas tendo, em alguns momentos, a participação de Sylvio Passos na gaita. 4) Bate papo com Sylvio Passos respondendo perguntas feitas pelo público presente sobre a vida e obra de Raul Seixas.
A duração do evento gira em torno 3 a 4 horas conforme disposição acima.
***Adequado para Crianças
Onde: Sobradinho Bar Rua Volans, 1010 Jardim Satélite São José dos Campos/SP Tel: (12) 98205-6123
“O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre.” Aristóteles
“Paga-se mal a um mestre, quando se continua sempre a ser o aluno.” Friedrich Nietzsche
Agora tanto os fãs de Raul Seixas como os de Paulo Coelho podem acessar documentos até então inéditos do período em que ambos sonhavam juntos o sonho da Sociedade Alternativa. Paulo Coelho resolveu disponibilizar para download em seu site oficial um material precioso para pesquisadores, estudiosos, fãs e colecionadores. Lembro-me de ter visto parte desse material no apartamento de Paulo na Rua Raimundo Correia, em Copacabana, em 1982, quando Raulzito nos apresentou. Nessa minha primeira visita Paulo inclusive me presenteou com algumas peças repetidas que guardada numas caixas de papelão tipo arquivo morto, tudo muito bem organizado em estantes num quartinho em seu apartamento.
Os fãs mais radicais de Raulzito Rock Seixas que, por motivos escusos, detestam Paulo Coelho, irão se surpreender com o rico material disponibilizado no site do mago.
Foto tirada no Canecão em 21 de abril de 1989, a última imagem de Raul Seixas e Paulo Coelho juntos capturada pelas lentes de André Barcinski.
Outra novidade que também irá movimentar as fãs dos amigos inimigos é a cinebiografia de Paulo “Não Pare na Pista – A Melhor História de Paulo Coelho” com estreia prevista para o dia 14 de agosto deste ano. Não Pare na Pista: A Melhor História de Paulo Coelho Sinopse: Uma tentativa de suicídio, três internações numa clínica psiquiátrica e todos os conflitos de um jovem dos anos 70 dividido entre Deus e o Diabo. Um menino incompreendido, um jovem rebelde, um homem que não desiste de seu sonho. Uma história inverossímil, se não fosse real, a vida do escritor Paulo Coelho é melhor que a ficção. Ficha técnica: Longa metragem de ficção, biografia Direção: Daniel Augusto Roteiro: Carolina Kotscho, inspirado na vida e na obra de Paulo Coelho Com: Júlio Andrade, Ravel Andrade, Enrique Diaz, Fabíula Nascimento, Fabiana Gugli, Gustavo Machado e Paz Vega. Produção: Carolina Kotscho & Iôna de Macêdo Produção Executiva: Flávio Ramos Tambellini Realização: Dama Filmes & G5Advisors/Evercore Co-produção: Babel Films (Espanha) Distribuição: Sony Pictures Status: em finalização Lançamento: 14 de Agosto de 2014
OS “MALUCO BELEZA” – A sociedade de Raul Seixas e Paulo Coelho. A sociedade proposta por Raul Seixas e Paulo Coelho nunca existiu de fato, mas, de fato, nunca deixou de existir. Texto: Melanie Retz Ilustração: Junior Lopes Tudo começou quando o cantor Raul Seixas, no inicio da década de 1970 leu um artigo muito maluco de Paulo Coelho sobre extraterrestres em uma revista e resolveu procurá-lo. Estava dada a largada para uma grande amizade que se tornou também parceria profissional, que se transformou em música, que virou manifesto ideológico e que, por fim, deu asas à Sociedade Alternativa. Porém, como definir essa irmandade que nunca foi efetivamente uma sociedade, mas que, ao mesmo tempo, existe até hoje?
Maníacos por sociedade? “Faça o que tu queres pois é tudo da lei.” – Trecho da musica Sociedade Alternativa, de Raul Seixas e Paulo Coelho, inspirado em frase de Aleister Crowley
É, talvez esse título se encaixe bem: Paulo Coelho já havia participado de várias sociedades secretas místicas e ocultistas e Raul Seixas também sempre foi chegado no assunto: “O Raul sempre foi dado a sociedades. Desde garoto, ele tinha a “Sociedade dos Fumantes de Cigarro”, a “Sociedade dos Curtidores de Rock and Roll”, e isso foi crescendo com ele. Em 1971, quando já estava na CBS (que hoje é a gravadora Sony Music), ele criou a “Sociedade da Grâ-Ordem Kavernista”, que propunha uma retomada de valores que ficaram nas cavernas… Enfim, Raul sempre carregou essa coisa de sociedade e, quando conheceu Paulo Coelho, ele encontrou um outro maluco, com umas idéias mais loucas ainda. Era a metade que faltava para dar forma e estabelecer os preceitos do que seria a “Sociedade Alternativa”, conta Sylvio Passos, criador do fã clube Raul Rock Club. Ele foi amigo pessoal dos dois e é hoje um dos mais ativos membros da Sociedade alternativa. Tudo bem, eles já tinham uma queda por sociedades secretas, mas maníacos por elas talvez não seja a questão, mesmo porque, mais relevante que a elaboração da sociedade em si, na opinião deles, seria a criação de uma alternativa. Então, por que não…
Alternativos? Combina bem com eles, é até uma boa denominação. Mas também não é só isso: A principal bandeira da sociedade deles é mais que uma simples alternativa. É a opção de ser livre para ser quem você é. “A base primordial da Sociedade Alternativa é a idéia de liberdade, mas não liberdade somente no sentido de não estar numa gaiola, é uma coisa muito mais ampla. Independentemente do setor em que você está, seja gerente de banco ou cantor de rock, o importante é você ter consciência de que é livre para fazer aquilo que gosta. A idéia é simples, é básica”, explica Passos. E, se estamos falando em liberdade, que tal…
Libertinos? Não seria de todo errado defini-los assim. Eles realmente eram desregrados, levavam uma vida louca, quase sem limites, talvez lascivos, mas é certo que o termo também é insuficiente: “Eles propunham a liberdade. Mas não a libertinagem. Os hippies até tinham idéias parecidas com as da Sociedade Alternativa, mas confundiram liberdade com libertinagem. Já Raul pregava a liberdade – ele tinha uma visão anárquica da sociedade – mas sabia que a liberdade total era impossível e tinha claro em mente que o direito dele terminava quando começava o do outro”, diz. E se falamos em…
Thelemitas? Siiiim. Tá esquentando! Mas o que significa isso? Eles eram seguidores da Lei de Thelema (lei da vontade) criada pelo ocultista inglês Aleister Crowley (1875 – 1947), que se autodenominava a “Besta 666”. Para ele, pecado seria qualquer atitude que restringisse os impulsos naturais e limitasse a vontade humana. Tal idéia realmente virou lei para Paulo e Raul, e ganhou evidencia na música dos compositores. Dois exemplos claros são as letras das músicas “Sociedade Alternativa” (um hino a sociedade) e “A lei”. “A Lei de Thelema é puro Crowley. Thelema é uma palavra grega que significa vontade, portanto, a lei da vontade. Não aquela vontade de jogar uma pedra na casa do vizinho ou de sair fazendo sexo com deus e o mundo. Não é isso. É uma vontade natural, espontânea , verdadeira. Um pé de feijão nasce ou um pelo no braço cresce por causa da lei da vontade. É ela que faz as coisas acontecerem”, explica Passos. E por falar em musica, talvez…
Músico – manifestantes? Com certeza eram. As canções que compunham juntos (e não foram poucas), os discos e o palco eram os meios de Paulo Coelho e Raul Seixas difundirem suas idéias e arrebanharem multidões de seguidores para a Sociedade. Pode até ser que músico-manifestantes seja uma boa definição, pois foi justamente por serem compositores e utilizarem suas letras como forma de expressão e manifesto que a Sociedade Alternativa se perpetuou. Mas se pensarmos bem, as canções eram um meio, não um fim. “No palco havia toda uma situação teatral. Além das músicas, que eram a expressão viva do pensamento da Sociedade, Raul lia manifestos com trechos de Crowley e Proudhon. Com um discurso afiadíssimo, cheio de metáforas e um carisma absurdo, deixava o público hipnotizado”, conta Passos. Talvez, então, sejam…
Raulseixistas? O público hipnotizado…Um bando de “raulseixistas” dizendo “amém” a tudo que o ídolo dizia… Êpa, mas e a liberdade de ser quem você é? Pois é, aconteceu exatamente o que Raul e Paulo não queriam. O próprio Raul acabou desgostando daquilo, porque a proposta dele era uma e a reação do público foi outra. Começaram a vê-lo como um guru, um deus, um salvador da pátria”, relata Passos. Raul se dizia “raulseixista”; o público foi atrás. “Eles não entenderam que, pela filosofia de Raul, só ele poderia ser “raulseixista” e cada um deveria buscar sua própria filosofia de vida. Seria praticamente uma sociedade anarcoindividualista. Eu acredito que, para quem compreende de fato, a coisa no todo remete a isso: você ser a sua própria religião, seu próprio país, você ser o centro de tudo, sem prejudicar os outros nem querer ser melhor do que ninguém”, diz o criador do fã-clube. O próprio Raul dizia: abaixo o “raulseixixmo”! Tá, “raulseixixmo” realmente não é um bom termo. E…
Abridores de cabeças? Acho que essa definição até rolou, não? Eles realmente mexeram com a cabeça das pessoas com suas letras incrivelmente inusitadas. E ela ainda tem tudo a ver com o símbolo da Sociedade, que é uma chave. Na verdade é uma letra do alfabeto egípcio, também conhecida como Cruz Ansata (uma circunferência com um “T” embaixo), que ganhou degraus na parte inferior e ficou parecendo uma chave. “A Cruz Ansata significa vida eterna. Como ela foi modificada, virou uma chave. É uma chave que abre cabeças, que abre percepção, que abre todas as portas. É uma maneira simbólica de falar do espírito. A proposta é você se deparar consigo mesmo”, explica. Legal, mas se a Sociedade não se concretizou de fato, poderíamos dizer…
Utopistas? Há muitos argumentos favoráveis a essa definição. “A Sociedade Alternativa em si é um conceito, não é uma coisa física. Era uma forma de pensamento, uma idéia. No inicio, o Raul e o Paulo até imaginavam colocá-la em prática, faziam relatórios, houve a divulgação da aquisição de um terreno na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais que serviria para construir a comunidade. Mas a Sociedade Alternativa, enquanto prática, é utópica: não existe a menor condição de virar uma coisa concreta. Na minha concepção, quando o homem começou a se organizar em sociedade e começaram a existir leis, ordens e regras, a partir desse momento, inconscientemente, os indivíduos que não estavam satisfeitos com o que era imposto, criaram uma alternativa, uma condição diferente. Portanto a Sociedade Alternativa nunca começou e nunca terminou: ela sempre existiu. É uma forma de não aceitar as regras vindas de outros que não combinem com suas idéias”, esclarece Sylvio Passos. E teria como concretizar? Pouco provável. “Vamos supor que a Sociedade Alternativa fosse constituída, que encontrássemos um terreno, que montássemos ali uma sociedade alternativa, como existem aos montes no mundo. Ela ia depor contra ela mesma, porque alguém dessa organização ia se virar contra as regras dela e ia começar tudo de novo. Daí a proposta de ela ser uma coisa conceitual. Só assim ela funciona. Na verdade, é só uma idéia que cada individuo absorve de maneira diferente”, evidencia Passos. Tudo bem, há utopia na idéia, mas também há ação e contestação concreta. Seriam então…
Contestadores? Uma coisa é certa: eles tinham coragem. Em plena ditadura militar, faziam discursos abertos contra a repressão e a falta de liberdade de expressão e ação. “Num primeiro momento, estavam passando despercebidos, porque os militares estavam de olho nos ‘chicos’ (Buarque) da vida. O Raul era visto por esse pessoal como um roqueiro maluquinho inofensivo. Ele e Paulo Coelho estavam com vinte e poucos anos de idade, muito sucesso e dinheiro, e essa idéia era completamente diferente na época. Por dois anos eles conseguiram mandar bala nos manifestos. Até que os militares prestaram atenção e ai a coisa ficou complicada. Eles receberam visitas desagradáveis de alguns agentes federais, foram presos – embora só haja documentação da prisão de Paulo, a de Raul sumiu – e tiveram que dar uma parada nos palcos e ir para os Estados Unidos”, relata. E a Sociedade perdeu força, perdeu gás e, depois, perdeu Raul… Passou por um momento de estagnação até que, na década de 1980, Sylvio Passos, Paulo Coelho e Toninho Buda tentaram reavivar a Sociedade Alternativa. “Começamos um trabalho, mas já não conseguimos a mesma força, o momento era outro, a linguagem e a cabeça das pessoas eram outras. Mesmo assim, continuo divulgando as idéias da Sociedade, porque acredito piamente nela”, diz. Bom, só ficou faltando a mais batida idéia que se tem sobre eles…
Malucos? Muitos preferem essa definição. Acham que a Sociedade Alternativa era uma desculpa para o abuso do álcool, drogas, sexo e rock and roll. E não dá para lhes tirar totalmente a razão. No entanto, também não se pode negar que a idéia de uma Sociedade que incentivava a autenticidade é interessante e muito bonita. Está ai… Talvez “autenticistas” seja a melhor definição para os “Maluco Beleza” – os incentivadores da autenticidade. Ou talvez, melhor mesmo, seja deixá-los sem rótulos. Assim, cada um que aderir tem liberdade para decidir o que é. Por fim, fica claro que o fundamento da Sociedade Alternativa não pode deixar de existir e que maluco mesmo é quem não tem coragem de ser o que é.
Liberdade à moda Crowley “Todo homem tem direito de pensar o que quiser. Todo homem tem direito de amar quem quiser. Todo homem tem direito de viver como quiser. Todo homem tem direito de morrer quando quiser. Direito de viver, viajar sem passaporte, direito de pensar, de dizer, de escrever, direito de viver pela sua própria lei, direito de pensar e de escrever, direito de amar, como e com quem ele quiser.” – Trecho da musica A LEI, de Raul Seixas, inspirada no texto Liber Oz, de Aleister Crowley.
Fonte: Revista HISTÓRIA EM FOCO – SOCIEDADES SECRETAS – Setembro 2009
Prefácio: Nós saudamos os artistas brasileiros que tiveram o silêncio do resto do mundo quando seus trabalhos e seus corpos foram censurados, mutilados, desaparecidos.
Manifesto
1 – O espaço é livre. Todos tem de ocupar seu espaço.
2 – O tempo é livre. Todos tem que viver em seu tempo e fazer jus as promessas, esperanças e armadilhas de seu tempo.
3 – A semente é livre. Todos tem o direito de semear suas idéias sem qualquer coerção da INTELEGENZIA ou da BURRICIA.
4 – A colheita é livre. Todos tem o direito de colher e se alimentar do trigo da criação.
5 – Não existe mais a classe dos artistas. Todos nós somos capazes de plantar e de colher. Todos nós vamos mostrar ao mundo e ao MUNDO a nossa capacidade de criação.
6 – “Todos nós” somos escritores, donas de casa, patrões e empregados, clandestinos e caretas, sábios e loucos.
7 – E o grande milagre não será mais ser capaz de andar nas nuvens ou caminhar sobre as águas. O grande milagre será o fato de que todo o dia, de manhã até a noite, seremos capazes de caminhar sobre a Terra.
Saudação final do 11º manifesto
Sucesso a quem ler, guardar e difundir este manifesto. Porque nós somos capazes. Todos nós, todos nós somos capazes.
FALECEU SEM DEIXAR SUCESSORES Paulo Coelho e filhas de Raul Seixas herdam direitos autorais do compositor Marcelo Motta
Felipe Amorim – 24/09/2012 – 18h22
A parceria Raul-Paulo Coelho também contou com a ajuda de Marcelo Motta, falecido em 87 sem deixar herdeiros A Justiça do Rio de Janeiro reconheceu que as três herdeiras do cantor Raul Seixas devem receber os direitos autorais do falecido compositor Marcelo Ramos Motta, coautor com Raul e Paulo Coelho em diversas músicas. A decisão da 17ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) é vista pelos advogados como leading case na área, já que é a primeira vez que a Justiça reconhece a relação triangular entre coautores e herdeiros na transferência de direitos autorais.
Ao longo da carreira de Raulzito, Marcelo Motta foi coautor de uma série de canções do artista — algumas delas ainda levam a assinatura do escritor Paulo Coelho. “Tente outra vez”, “Novo Aeon”, “A maçã” e “Eu sou egoísta” são alguns dos títulos produzidos pela parceria. Atualmente, os direitos autorais do coautor Marcelo Motta giram em torno dos R$ 40 mil anuais.
Como Marcelo Mottta faleceu em 1987 sem deixar herdeiros, a gravadora Warner Chappell deveria ter repassado os direitos autorais para os outros coautores. Com a morte de Raul dois anos depois, eram as três filhas do cantor que teriam direito aos royalties. No entanto, o selo da Warner não redistribuiu os direitos autorais e as três filhas, bem como Paulo Coelho, entraram na Justiça para pleitear os encargos.
Em 2007, Vivian Seixas — filha do relacionamento do cantor com Kika Seixas — foi a primeira a entrar com uma ação no TJ-RJ. No ano seguinte, foi a vez do escritor Paulo Coelho e da filha Scarlet Vaquer Seixas. A herdeira mais velha de Raul, Simone Vannoy, entrou como parte na ação judicial ao longo da tramitação do processo. As duas últimas vivem nos Estados Unidos desde pequenas.
Raul Seixas faleceu aos 44 anos em 21 de agosto de 1989, deixando três filhas: Simone, Scarlet e Vivian
Leitura triangular
O que a 17ª Câmara Cível reconheceu foi a relação triangular da transferência de direitos autorais, fazendo-os transitar entre coautores e herdeiros. O TJ-RJ optou por fazer uma leitura conjugando dois artigos distintos da Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998). A decisão já transitou em julgado e não é mais passível de recurso.
O primeiro dispositivo determina que, em caso de morte do autor, os direitos serão transmitidos a seus sucessores (artigo 24, parágrafo 1º). Mais adiante, a legislação também estabelece que quando um coautor falecer sem deixar herdeiros, seus direitos autorais serão somados ao dos demais coautores. (artigo 42, parágrafo único).
Para o advogado Daniel Costa Lima da Rocha, do escritório de advocacia Costa Barros, que defende a herdeira Scarlet Seixas, a decisão da Justiça carioca pode se tornar um leading case no setor de propriedade intelectual. “Tem muito coautor falecido que não deixa herdeiros e é parceiro de música”, analisou.
Quanto ao papel das grandes gravadoras nos litígios autorais, o advogado vê uma postura muito defensiva. “As editoras ficam numa situação muito passiva. Esperando os herdeiros se movimentarem”, lembra.
Veja, como exemplo, a redistribuição dos direitos autorais da canção “Tente outra vez”, composta em 1975 por Raul Seixas, Paulo Coelho e Marcelo Motta, e lançada originalmente no álbum Novo Aeon, que traz cinco canções com Motta como coautor.
Em 1975, Raul Seixas: 33,3% Paulo Coelho: 33,3% Marcelo Motta: 33,3%
Em 2012, Paulo Coelho: 50% Simone Vannoy: 16,6% Scarlet Vasquer: 16,6% Vivian Seixas: 16,6%
Número do processo: AC 0259684-83.2008.8.19.0001
IN:
Última Instância
DIREITOS AUTORAIS Filhas de Raul Seixas herdam direitos de co-autor
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiu que as três herdeiras do ídolo do rock nacional Raul Seixas devem receber os direitos autorais do compositor Marcelo Ramos Motta, morto em 1987 e co-autor com Raulzito em diversas músicas, como “Novo Aeon”, “Tente outra vez”, “A maçã”, “Eu sou egoísta” e “Peixuxa — o amiginho dos peixes”. Motta morreu em 1987, dois anos antes de Raul.
Conforme decisão da 17ª Câmara Cível do TJ-RJ, as filhas de Raul devem receber os direitos autorais de Motta, já que eles deveriam ter sido repassados ao cantor em 1987. Dessa forma, com a morte de Raul, em 1989, as suas herdeiras se tornaram detentoras dos direitos autorais de Motta, segundo entendimento do tribunal.
A decisão acatou as alegações das filhas de Raul Seixas, Simone Vannoy, Scarlet Vaquer Seixas e Vivian Seixas. Os ganhos com as músicas do co-autor giram em torno de R$ 40 mil por ano. Já a gravadora Warner Chappel, detentora dos direitos de Motta, entendia que os eles não poderiam ser repassados para as filhas e herdeiras de Raul Seixas, apenas para o cantor.
Segundo a decisão do TJ-RJ, o direito das filhas de Raul vem da conjugação de dois artigos da Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/1998). O artigo 24 (parágrafo 1º), que determina a transmissão dos direitos do autor ao sucessores, e o 42 (prágrafo único), que prevê o acréscimo aos direitos dos co-autores sobreviventes os direitos de co-autor que morrer sem deixar herdeiros.
Para o advogado de uma filhas de Raul Daniel Costa Lima da Rocha, do Escritório de Advocacia Costa Barros, a decisão deve servir de base para a solução de futuros litígios envolvendo gravadoras, herdeiro ou sucessores de co-autores mortos.
“Eu me lembro de gostar de músicas do Raul, antes de ele ser famoso, que ele fazia para outras pessoas na CBS. Eu o ouvia e dizia: “Então essa música é sua. Que maravilha!” Tem uma música que diz: “Estou voltando pra casa / Camisa amassada / Mais um dia de trabalho / Que afinal chegou ao fim”. Eu não sei nem quem canta. Só vim saber muito tempo depois que a canção era dele. Descrevia a rotina que tanta gente vive, do cara que vai de ônibus trabalhar. Raul me ensinou a ver isso e guardo até hoje.” IN: http://www.rollingstone.com.br/edicao/35/uma-relacao-complicada
Para quem está em busca da música que Paulo Coelho cita no filme. Pessoas me questionaram sobre a música. Eis a mesma logo abaixo.
Estou voltando pra casa (Raulzito Seixas/Pedro Paulo) 1971 – Pedro Paulo
PRÉ-ESTREIA RAUL – CONFIRMADAS SALAS E CIDADES DA PRÉ, COMPRE SEU INGRESSO
RAUL – O INÍCIO, O FIM E O MEIO, documentário de Walter Carvalho sobre o grande Raul Seixas, tem pré-estreia garantida quinta-feira, dia 15 de março. Os ingressos já estão à venda na ingresso.
Assista antes, com a sala cheia de fãs, à esta homenagem à vida e obra de Raulzito.
E a demanda em RAUL.MOBZ.ME continua. Entre em RAUL.MOBZ.ME e clique em QUERO VER. Com a sua ajuda a MOBZ pode aumentar o número de sessões do dia 15 e ajudar a levar o filme para mais cidades no dia 23.
PROGRAMAÇÃO DA PRÉ-ESTREIA MOBILIZADA DO DIA 15
SÃO PAULO:
Kinoplex Itaim – 21:00
Cinemark Eldorado – 21:00
Cinemark Market Place- 21:00
Cinemark Santa Cruz- 21:00
Cinemark Metro Tatuapé- 21:00
TAM – Sala Londres – 21h30
Pompéia – Sala 10 – 21h30
Espaço Unibanco – Sala 3 – 21h30
RIO DE JANEIRO:
Kinoplex Leblon – 21:00
São Luiz – 21:00
Kinoplex Tijuca – 21:00
UCI New York – sala 13 – 22:00
Cinemark Botafogo- 21:00
Cinemark Downtown- 21:00
Cinemark Niterói- 21:00
Arteplex Botafogo – Sala 3 – 21h30
Cinépolis Lagoon – 21:50
Paulo Coelho fala sobre Raul Seixas e drogas; veja trailer DE SÃO PAULO Um novo teaser de “Raul – O Início, o Fim e o Meio”, divulgado com exclusividade à Folha, revela mais algumas entrevistas do documentário de Walter Carvalho sobre uma das lendas do rock brasileiro.
Nesse segundo trailer do filme, o escritor Paulo Coelho e o jornalista Nelson Motta falam da relação de Raul com as drogas.
O filme, que costura a vida e a obra do artista por meio de depoimentos de familiares, mulheres e parceiros, chega aos cinemas em 23 de março.